domingo, 21 de julho de 2013

Igarapé do Tucunduba - Belém-PA - Difícil realidade

As fotografias postadas a seguir foram feitas pela equipe Roda do Lixo, em incursão pelas margens do Igarapé do Tucunduba, afluente do Rio Guamá, cidade de Belém, com objetivo de constatar as realidades quanto à consciência ambiental, fotografias registradas em 06/07/13.

Fig.1.
Fig.1: Foz Igarapé do Tucunduba, passa dividindo o Campus do Guamá  da Universidade Federal do Pará, registro feito no momento da preamar, percebe-se a importância que o Rio Guamá tem sobre o Igarapé, água de coloração amarela, devido materiais dissolvidos em suspensão caracterísco de grande parte dos rios amazônicos. 

Fig.2: 
Fig. 2: Vista das proximidades do deságue do Igarapé percebe-se lixo sobrenadando às águas, devido a ausência de comportas equipadas com grades de retenção este material é despejado diretamente no Rio Guamá.

Fig. 3:


Fig. 3: Vista das proximidades do deságue do Igarapé (trecho que pelas por dentro do campus da UFPA) percebe-se a presença de uma faixa de mata ciliar preservada, que sendo a extensão inferior ao que preconizam as leis ambientais, mas é um fator importante na preservação do Igarapé.

Fig. 4:
Fig. 5: Percebe-se materiais sólidos, principalmente plásticos, às margens do Igarapé, no trecho que passa pelo campus da UFPA, que se não for recolhido em tempo hábil será carreado para dentro do Igarapé, triste constatação, pois na Academia é um local que já deveríamos estar conscientes da importância da preservação do meio ambiente e ainda se constatar fatos desta  natureza.

Fig. 6: 
Fig. 7:


Fig. 6 e 7: Vistas do Igarapé antes (Fig. 6) e além (Fig. 7) da terceira ponte, respectivamente, limites dos bairros do Guamá e Terra Firme (Montese), constatou-se a presença de lixo (resíduos sólidos) às margens do Igarapé e sobre às águas do Igarapé, assim como a total ausência de mata ciliar nas margens do Igarapé, fator dificulta a preservação de cursos dágua.

Fig. 8: 
Fig. 8: Vista Igarapé antes da terceira ponte, este local dista aproximadamente 1 Km da foz é um trecho plenamente navegável, nas margens funcionam comércios de madeira e outros que produzem resíduos sólidos e estão instalados no local de forma irregular, com a conivência do poder público. Percebe-se materiais sólidos boiando sobre às águas, percebe-se ainda o um escurecimento das águas em relação à foz.

Fig. 9:
Fig. 10

Fig. 9 e 10: Vistas do Igarapé sobre uma ponte construída na Av. Celso Malcher. Percebe-se grande acúmulo de resíduos sólidos represados sob a ponte, neste trecho o Igarapé não recebeu obras de urbanização e revitalização, o Igarapé é praticamente uma vala a céu aberto. Percebe-se o total escurecimento das águas em relação à foz.

Fig. 11
Fig. 12

Fig. 11 e 12: Vistas canal da Av. Gentil Bitencourt esquina com a Trav. Guerra Passos, bairro Canudos, no momento do registro era uma época de baixa pluviosidade, o nível dos canais está baixo, mas percebe-se que há resíduos sólidos presos nas vigas de sustentação das paredes dos canais (Fig 11) e também no interior do mesmo (Fig. 12). Por essas constatações é possível prever que as águas na época de intensa pluviosidade transbordam e afetam os moradores que residem ao logo dos canais.

Fig. 13
Fig. 14

Fig. 13 e 14: Vistas canal da Av. Mudurucus esquina com a Trav. Teófilo Conduru, bairro Santa Izabel, percebe-se grande acúmulo de resíduos sólidos variados e uma feira instalada ao lado do canal, fator importante que contribui para o despejo de resíduos dentro dos canais.


As realidades constadas durante o registros das fotografias foram impactantes, um problemas que requer soluções em conjunto, do poder público para criar estruturas com boa saneabilidade e da comunidade para desenvolver consciência de preservação do meio ambiente. O Igarapé do Tucunduba da sua foz até 1 Km, aproximadamente, já foi contemplado com obras de urbanização e revitalização. A partir da terceira ponte, divisa dos bairros da Guamá e Terra Firme (Montese), o Igarapé, praticamente se torna uma vala a céu aberto. Constatou-se uma mudança de coloração de suas águas variando de uma coloração amarelo na sua foz, para para uma coloração escura onde influência das águas Rio Guamá não é tão importante. No trecho por onde passa o Igarapé e que foi explorado pela equipe percebeu-se que não há farto acúmulo de resíduos sólidos variados, tanto dentro do leito do Igarapé quanto às margens e também não foi encontrado nenhuma estação de tratamento de esgotamento sanitário e águas servidas, e em grande parte de sua extensão os dejetos sanitários não despejados diretamente no leito do Igarapé, todos esses fatores cria um ambiente favorável para crescimento e sobrevivência de entes patogênicos.

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